domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ano-novo chinês

Dia 2 de fevereiro é comemorado o ano-novo lunar na China; cada ano é representado por um dos doze animais que (segundo o Wikipedia) teriam atendido ao chamado do Buda para uma reunião. Como somente doze se apresentaram, Buda em agradecimento, os transformou em signos da Astrologia chinesa.  Este ano é o ano do coelho, e dizem por aí que será um ano bem mais tranquilo que 2010, que foi regido pelo tigre.

Aqui em Nova Iorque a colônia chinesa é imensa, estima-se que entre 90.000 a 100.000 chineses vivam e trabalhem no bairro apelidado Chinatown. Ali praticamente só se ouve chinês, e todas as placas são também escritas no idioma oriental. Lojas de eletrônicos, souvenirs e restaurantes chineses (os famosos dim sums) são encontrados aos montes pelas ruas do bairro. 

Hoje fui até lá para ver a Lunar Parade em comemoração ao Ano-novo lunar; uma experiência quase antropólogica! Centenas de pessoas de todas as etnias se amontoaram para ver passar dragões, políticos, moças balançando as bandeiras chinesa e americana, e diversos outros símbolos da cultura chinesa; que no caso de hoje mostrou que cada vez mais está adicionando pitadas norte-americanas. 

Abaixo algumas fotos para ilustrar a parada.

Citibank em chinês

Crianças

Rei Momo chinês

A Barbie deu um pulo na parada

Dragão
O comunismo é azul

E gosta do Snoopy!

Princesa chinesa no carro da Macy's... Quão chinês é isso?

Condutores do dragão

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

o MoMA


Ontem fui ao MoMA, já havia ido ao museu outras duas vezes antes de morar em NY, e é impressionante notar como cada visita a atração pode ser uma experiência completamente diferente da outra. A primeira vez que fui ao MoMA foi em 2009 na ocasião um quadro da Mira Schendel que pertence ao meu pai estava exposto na belíssima exposição León Ferrari & Mira Schendel: Tangled Alphabets, foi até emocionante ver um quadro que está sempre pendurado na parede da sua casa exposto em um dos museus mais importantes do mundo. Visitamos a mostra com a assistente to curador e ela nos contou sobre a enorme estrutura do MoMA, o acervo deles é impressionante, algo impensável em qualquer museu brasileiro. Passei horas no museu, fascinada com aquela coleção que vai de Picasso a Warhol, de Miró a Donald Judd. 

A segunda vez que visitei o MoMA foi em fevereiro de 2010, na exposição do Tim Burton. Para quem não sabe o diretor americano também desenha, clique aqui para conferir. A mostra era interessante, porém achei um pouco oportunista já que ficou em cartaz na época em que Tim lançava seu último sucesso: Alice no País das Maravilhas; além do mais estava lotada, mal dava para apreciar as obras. Depois aproveitei para dar uma voltinha pelo museu e me encantei pela sessão dos minimalistas dos anos 60. Já escrevi sobre eles aqui.

Chinesinhos e boneco do Tim Burtom

E ontem na minha terceira experiência no museu, fui em uma exposição sobre design de cozinha Counter Space: Design and the Modern Kitchen. O tema parece meio estranho mas é muito interessante ver a evolução desse ambiente, e como diversos artistas já usaram esse tópico como motif para suas obras. A mostra gira principalmente em torno da Frankfurt Kitchen, uma cozinha criada pela arquiteta alemã Grete Schütte-Lihotzky após a Primeira Guerra Mundial. Moderna e com novas tecnologias, ela prometia diminuir o tempo da mulher/dona-de-casa na cozinha. 

Um modelo de Frankfurt Kitchen

Como o museu ontem não estava cheio, aproveitei para visitar as outras exposições em cartaz: On-line: Drawing through the twentieth century, uma mostra super interessante e bem montada sobre a linha, o elemento mais básico e importante do desenho. A exposição traz trabalhos de artistas do mundo inteiro, inclusive brasileiros como Cildo Meirelles e Lygia Clark. Andy Warhol: Motion Pictures, uma abordagem diferente da obra de Warhol, mostrando os vídeos produzidos pelo artista. Se você quiser pode produzir seu próprio vídeo e mandar para o MoMA, se eles gostarem pode ir para a exposição! Clique aqui para saber como. 

Essas foram minhas experiências até agora no MoMA, num próximo post quero falar sobre o crescimento de artisas-plásticas femininas expostas no museu.